月
Estou imediatamente filtrando qualquer pessoa que queira ler isso aqui e não tenha como ler caractere japonês no seu aparelho. São os pequenos sacrifícios que fazemos pela arte.
月 (Kun’yomi: Tsuki, On’Yomi: Getsu) é o kanji de lua. É também o kanji de mês que se você parar um segundo para pensar, faz todo sentido do mundo. Junto com o kanji de mar, 海 (Kun’Yomi: Umi, On’Yomi: Kai), são kanjis que me trazem paz e reconhecimento instantâneo quando leio. Talvez porque eu já imediatamente imprimi o significado de duas coisas que eu gosto, a lua e o mar, imediatamente neles, ou talvez eles tenham propriedades místicas vai saber. O que importa é que eu gosto delas e também que começar assim de forma desconexa já da a letra pra forma que vou escrever aqui. Talvez meus pensamentos de threads de 10 tweets seguidos venham pra ca, ou talvez não. Eu tenho muito o que falar, mas ao mesmo tempo tenho preguiça. Essa é uma daquelas tentativas de me tornar produtiva.
Eu não sou uma pessoa culta. Eu não leio livros, eu não assisto filme, nem música eu escuto. Eu jogo videogame e raramente assisto anime e leio mangá. Esse é o escopo do meu conhecimento, do meu ser. Tudo o que falo vem de forma milagrosa da minha cabeça através de experiencias pessoais ou lidas, através de conclusões esquisitas que o universo me deu o direito de tirar. Isso é uma receita pra uma pessoa teimosa e potencialmente perigosa, mas felizmente eu confio muito em mim mesma, então tá tudo bem.
A verdade é que ser goblin é um estado de espirito, eu tenho uma preferencia estética na minha vida e é ela que eu abraço, é ela que eu nutro. Podia abrir espaço pra mais coisas, mas sinceramente não faço questão. Não quero abrir meus horizontes, não agora. Eu vim pra esse mundo pra me relacionar intimamente com jogos em sua forma digital, para amar e para desenhar. Essas são as únicas verdades que eu sei. Não cabe a mim nutrir uma necessidade compulsiva de divergir disso. Já tentei, não da certo. Eu opto, então, por experenciar o que está fora do meu mundo pelos olhos dos outros, pelas sensações dos outros. Eu tenho uma capacidade peculiar de transplantar sensações e experiencias para mim. Não chamaria nem de empatia é algo mais literal e esquisito, uma compulsividade em entender o outro.
O mundo nos chama para outras tarefas, então o discurso acima morrerá quando eu decidir que vou falar sobre design ou qualquer outra coisa que eu sentir que me serve profissionalmente. Mas não será um newsletter sobre essas coisas e sim sobre minha esquisitice e quem tiver a energia de contestar ela.
Eu também vou postar meus reviews aqui, alguns provavelmente no meio da newsletter (se ela chegar a existir e eu não cansar), mas outros são tão grandes que vou ter que separar então vai ficar essa bagunça toda de newsletter e review por ai. Atena em toda sua sabedoria me deu o poder de manipular as artes e o substack é meu então eu faço o que bem entendo.